Boa noite pudins! Como vão? Estou a um tempo sem postar nada nem por aqui nem pelo Instagram (mil perdões meus amores); mas estou de volta!
     Aliás, quem nunca quis ser representado, de alguma maneira, em algo, e se sentir bem por isto estar falando especialmente sobre você, seja na literatura LGBT+, nas ruas, em casa, e enfim...? Nós estamos nos militando aos estereótipos e clichês da sociedade, pois mesmo quando crescemos, ao mesmo tempo há aqueles que tentam nos limitar. Quem lhe disse que não és perfeito? Este está errado! Quem lhe diz que és perfeito? Você mesmo!
     Hoje lhes trouxe uma entrevista muito produtiva com a Thati Machado, que atualmente representa na literatura nacional a dedicação ao LGBT+ e também aos assuntos femininos. Hoje trazemos assuntos como a submissão, o feminismo, sobre mídia e, claro, sobre o livro Singular, que acaba por ser lançado pela Qualis Editora.
     Vamos lá?

     ➲ Oi, Thati! É um prazer ter a sua presença aqui no blog, a tratar de um assunto tão polêmico. Aqui no Portal Feminino, tratamos de todo tipo de assunto que se trata de nós mulheres, mas, inicialmente, sobre os mais polêmicos, pois cremos que a segurança da mulher e o seu conforto são essenciais, assim como para todos os outros tipos de gênero. Além disso, trataremos de outros assuntos, coisas mais pessoais e, claro, outros cativantes a todos os gêneros.
     A primeira pergunta que faço a você, é sobre o assunto que é tratado de alguma forma em todos os lugares. Como você definiria o feminismo?

     Acredito que o feminismo é um movimento necessário para o desenvolvimento de uma sociedade saudável e igualitária.

     ➲ O que você pensa sobre quando alguém conversa com você sobre submissão entre marido e mulher, por exemplo?

     Acredito que a submissão, de quem quer que seja, possa existir desde que seja uma escolha verdadeira.

     ➲ Você recentemente lançou o seu livro, Singular. Como foi escrever um livro que se trata inteiramente sobre os LGBT+?

     Falar da comunidade LGBT+ é uma honra e também um privilégio. O Brasil é dos países que mais mata LGBTs no mundo e poder fazer algo pela minha comunidade através do meu trabalho é uma missão de vida para mim.

     ➲ Qual foi sua inspiração para o protagonista?

     Noah foi inspirado no meu noivo, Denis, que também é um homem trans. Quando criei meu personagem, meu noivo ainda estava confuso e tentando entender quem era. E houve muito sofrimento nesse processo todo. Criei o Noah para dizer a ele e a tantas outras pessoas trans, que está tudo bem ser quem você é; que não existe nada de errado nisso.

     ➲ Como junho se tornou o mês do orgulho LGBT no mundo?

     Essa história começa em 1969, nos Estados Unidos, com as revoltas de Stonewall. Os EUA costumavam ter uma rígida política contra pessoas LGBT+. Amar alguém do mesmo gênero era crime, podendo levar a pessoa a prisão, sem contar os terríveis tratamentos de “cura”. A luta da comunidade foi se ampliando gradativamente. Poucos lugares nos EUA aceitavam pessoas LGBT’s, mas um deles era o bar Stonewall Inn, em Nova York.

     ➲ Como você avalia a representação LGBT e feminista na mídia?

     Ainda muito precária. Mas tenho percebido um aumento significativo que não pode ser ignorado. Acredito que seja um trabalho de formiguinha mesmo... Uma luta travada por vez.

     ➲ Por fim, qual a sua mensagem para seus leitores em relação a estes dois assuntos? Especialmente para ao poder feminino e LGBT+ no geral.

     Continuem militando pelo direito de serem quem são; continuem militando por igualdade até que chegue o dia em que não precisaremos mais lutar. 

     Obrigada, mais uma vez, pela sua presença aqui no blog. Sua representatividade é um exemplo! Todo sucesso e amor pra ti!
     Querem saber mais sobre a Thati? Confira uma mini-biografia da mesma: