Deixarei-o Ir
Existem memórias que não deveriam voltar às nossas mentes. Deveríamos nos tornar cada vez mais valentes cada vez que uma dessas memórias voltam. Queria poder dizer que tudo é para sempre, mas o famoso “sempre” nunca é uma grande verdade. Queria poder dizer que não senti sua falta quando acordei hoje e dei de cara com a lembrança de quando nos falávamos toda noite, para dizer o primeiro “olá” do dia, ou apenas para me ouvir a dormir tranquilamente feliz por ouvir a sua voz, queria mesmo! Mas existem sentimentos que apenas saem do nosso coração sem ao menos pedirem permissão para se mostrarem. É chato pensar que depois de tanto tempo separados, eu venha estar lembrando apenas agora de todos os detalhes de tudo o que a gente passou juntos, todas as brigas, todas as risadas e todos as lágrimas que já escorreram sobre nossos rostos. Logo pude identificar o sentimento proibido do meu coração faminto por coisas que estão no fundo do baú: saudade. Sinto isso ao lembrar que não posso mais ouvi-lo do outro da tela a dizer que o quanto gostava de mim, ao lembrar que não vou rir mais das brincadeiras que você fazia quando eu estava triste ou quando queria me relaxar quando eu estava nervosa demais. Você era meu final feliz. Afinal, o que nos fez separar? Meus erros ou os seus acertos? Não entendo nada além do fato de que entendo perfeitamente como você se sentia quando estava longe de mim. Porém, deixarei-o ir. Me perdoa.
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